Pela morte de Vasco,o Companheiro
do Povo,a que eu julgo pertencer,
expresso o meu pesar,o meu sofrer,
pela pêrda dêste amigo verdadeiro.
No passado Maio,enviei minha saudação
e os meus Parabéns e votos de felicidade,
ao Companheiro Vasco,cuja amizade,
é p'ra mim,motivo de enorme gratidão.
Êle era p'ra mim,o meu confidente,
a quem confiava os meus sentimentos,
os meus desabafos,os meus lamentos,
que eu lhe enviava em poesia corrente.
E suas missivas que guardo zelosamente,
eram,p'ra mim,um incentivo,um estimulante,
para desabafar em poesia simples corrente,
e ao Companheiro Vasco,enviá-la confiante.
Eu,um simples trabalhador emigrante,
orgulho-me de ter tido a franca amizade,
do Companheiro Vasco,cuja celebridade,
ficará na História como egrégio gigante.
Perdi de facto um amigo inesquecível,
mas mais perdeu o Portugal d'Abril,
o Companheiro Vasco,de entre muitos mil,
foi um Militar d'Abril,incorruptível.
Vasco Gonçalves,o corajoso General,
a quem o Povo chamou Companheiro,
foi,do 25 d'Abril,um indefectível pioneiro,
e como tal,obteve da Reacção,ódio mortal.
Eu que tencionava dar-lhe um abraço,
no próximo mês de Julho,em Portugal,
lamento que a Morte,um destino fatal,
tivesse levado êste amigo,no seu regaço.
Agora já não tenho um confidente,
que me compreenda e me dê alento,
p'ra expressar minha ideia e sentimento,
e sinto a falta de sua missiva convincente.
Escrevia meus desabafos em triplicado,
um, para mim próprio certamente,
outro para meus filhos,evidentemente,
e o terceiro p'ra Vasco,o Companheiro amado.
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