Depois de Cristo,na Ourique maometana,
ter aparecido ao Rei Afonso conquistador,
Portugal assumiu com fé e muito fervor,
a missão de cristianizar a espécie humana,
Depois de ter corrido com Emires e Xarifes,
ainda ficou em Portugal muito mouro,
para trabalhar a terra,enorme tesouro,
e também ficaram alfaiates e almoxarifes.
Oa mouros Castelos,foram cristianizados,
mas com outros Alcaides,Governadores,
e as alcatifas,uns artísticos primores,
eram cobiçadas p'los cristãos desapiedados.
Assim,apesar da conquista do Rei cristão,
no português,ainda que a muitos mal caia,
permanece o alfinete,a alcatifa,o algodão,
o alforje,o almanaque,a albarda e atalaia.
Há mais uma centena de palavrões,
que,do árabe ficaram em Portugal,
e assim temos que no idioma de Camões,
nem tudo portanto,vem do Latim,afinal .
O português,dum modo geral analfabeto,
resolveu ir em busca de novas terras,
e de sua natureza,muito irrequieto,
levou a outros Povos,cruas guerras.
Com a ideia de expandir o Cristianismo.
isto é,o domínio sôbre outras Nações,
o português aventureiro sofreu desilusões,
pois Deus,nem sempre o livra do abismo.
Se ao Patrão fascistóide,sandeu,
tu te atrevias a dar uma opinião,
êle te respondia com prontidão:
-Oiça bem,p'ra pensar,estou cá eu!
Nas colónias portuguesas do ultramar,
o português que se considera cristão,
não alfabetizou o negro do sertão,
para mais fàcilmente o explorar.
Um dia,num burro branco montado,
ia um negro muito negro,grandalhão,
que quase chegava com os pés ao chão,
motivando a mofa dum branco azougado.
E diz o branco zombeteiro num sussurro:
-Olha um negro num burro branco montado!
Ao que o negro respondeu desembaraçado:
-Siô,mim nã ter culpa de branco ser burro!
Como é que o Portugal fanático cristão,
dominado p'lo reaccionário Clericalismo,
e onde é abundante o analfabetismo,
podia levar ao negro a civilização?!
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